Baixa densidade mineral óssea capaz de rastrear mulheres sobre risco de doença cardiovascular aterosclerótica
- 19/05/2021
- Publicado por: reumatonews
- Categoria: Reumatologia

A avaliação da densidade mineral óssea (DMO) pode melhorar a estratificação de risco e orientar o manejo clínico da doença cardiovascular aterosclerótica (DCVAS) em mulheres, sugere um grande estudo retrospectivo sul-coreano.
Novas estratégias que vão além da medição dos fatores de risco convencionais são necessárias para identificar melhor as mulheres com maior risco de doença cardiovascular aterosclerótica (DCVAS).
Um total de 12.681 mulheres com idades entre 50-80 anos (média, 63,0 ± 7,8 anos) que se submeteram à absorciometria de raios-X de dupla energia (DXA) foram analisadas retrospectivamente.
O objetivo do estudo era investigar se a avaliação da DMO fornece valor prognóstico independente e incremental para predizer DCVAS em mulheres.
No total, 468 mulheres (3,7%) experimentaram eventos de DCVAS durante o acompanhamento (mediana, 9,2 anos).
DMO mais baixa na coluna lombar1, colo femoral2 e fêmur total3 foram independentemente associadas com maior risco para eventos de DCVAS.
1. HR ajustada por redução de 1 DP na DMO: 1,16, p <0,001
2. HR ajustada por redução de 1 DP na DMO: 1,29, p <0,001
3. HR ajustada por redução de 1 DP na DMO: 1,38, p <0,001
Um diagnóstico clínico de osteoporose também foi independentemente associado a maior risco de eventos de DCVAS*.
*HR ajustado: 1,79, p <0,001
Durante o acompanhamento, 237 mulheres (1,9%) morreram de DCVAS. DMO mais baixa ou o diagnóstico de osteoporose foram associados a um risco significativamente maior de mortes por DCVAS.
A adição de DMO ou um diagnóstico clínico de osteopenia ou osteoporose aos fatores de risco clínicos demonstrou um valor incremental significativo na discriminação de DCVAS*.
*Adição de DMO total do quadril, p para diferença <0,001
Take-home message
Os resultados do presente estudo sugerem uma oportunidade para utilização da DMO como forma de rastrear mulheres para doença cardiovascular aterosclerótica de uma maneira que é eficaz, eficiente e de baixo custo.
Referência
Park J et al. Heart. 2021. doi: 10.1136/heartjnl-2020-318764.